sexta-feira, 25 de maio de 2012

Quanto Mais assisto Tropa de Elite 2, mais me envergonho do Pais em que vivo..

O filme é um retrato político e social não apenas da cidade ou estado do Rio de Janeiro, mas da política de nosso país - e tristemente também da nossa polícia, que em certos casos nos dá apenas a falsa sensação de proteção e liberdade, quando na verdade, estão dando o contrário.
                        Mas no frisson de toda situação, das sequencias de ação, do roteiro impecável, dos personagens marcantes e da sensacional narração de Nascimento, o que talvez Padilha e seu “Tropa de Elite 2” queiram mais mostrar é que aqueles “maconheiros” do primeiro filme, enriquecendo o tráfico precisaram ser deixados para trás, já que o tráfico ficou pequeno perto de toda corrupção que assola o Brasil. Que, no final das contas, seus novos “maconheiros” são os eleitores, dando a oportunidade e o poder para uma corja sem escrúpulos que, mesmo colocada no mesmo chão sobre a bota de Nascimento, como um bandidinho qualquer, são capazes de presidir Conselhos de Ética de Deputados. Uma mensagem que a maioria do cinema é capaz de ignorar por comodidade, ou até por não querer perceber que o culpado de tudo isso está ali sentado no escuro e acabou de eleger quinhentos e treze Deputados Federais (sem contar estaduais), que, infelizmente não devem se diferenciar tanto assim desses que o, eterno Capitão, Nascimento lutou com unhas e dentes.
                        Já parou para pensar porque a criminalidade não se acaba? Ou o trafico de drogas? Porque isso não é interessante para o sistema, os policiais ficariam sem trabalho, os apresentadores de tele-jornais ficariam desempregados e os políticos, ah! esses não fazem nada mesmo. Mas mesmo assim isso não é do interesse deles. Tudo isso é como uma cadeia alimentar! Em quem podemos confiar? Enquanto poucos fazem a sua parte como o Cap. Nascimento, que ama sua profissão, muitos não levam tais problemas sociais a sério. Como diz o ditado popular: “uma andorinha só não faz verão”. O filme é muito realista, ainda que se diga de início que trata-se de uma obra de ficção. Precisamos tomar uma postura em relação à escolha de nossos representantes, pois a criminalidade e suas raízes do mal dependem de nossas atitudes hoje! Pois o amor constrói, a sabedoria edifica e a integridade justifica. Pessoas precisam ser entendidas e amadas e não jogadas na lata do lixo como se não tivesse valor algum.
Parabéns aos roteiristas, à produção e atores do filme, por mostrarem uma realidade que muitos não conhecem ou que fecham os olhos para não verem! Mais cuidado, ela pode estar bem próxima a você, até mesmo dentro de sua casa! O problema é de todos, precisamos nos unir e começar a fazer a nossa parte para termos um Brasil diferente.

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